The Narco News Bulletin |
August 15, 2018 | Issue #43 |
narconews.com - Reporting on the Drug War and Democracy from Latin America |
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Na noite da Quinta-feira, 19 de outubro, ao final de dois dias de reuniões, assembléias e uma série de eventos com a Outra Tijuana e a Outra Campanha no Outro Lado, o Subcomandante Insurgente Marcos explicou com mais detalhes como será a Outra Campanha depois da atual jornada pelos confins do país, em 30 de Novembro, na Cidade do México.
As pulverizador-pinturas de Marcos as palavras ' Kapital são perigosas a sua saúde ' fora do theatre de MultiKultii Foto: D.R. 2006 Simon Fitzgerald |
A primeira parte do trabalho que Marcos solicitou que seja feito pelos indivíduos e organizações aderentes é definir quais aspectos da luta pensam que são essenciais para a Outra Campanha. Marcos deu o exemplo: "se é tolerada a violência ou marginalização das mulheres, ou se não se respeitam as diferenças de sexualidade, como o homossexualismo, então eu estou fora da Outra Campanha,".
Os comandantes e comandantas também se assegurariam de que os indivíduos e organizações aderentes em cada parte do país saíssem e viajassem aos segmentos mais marginalizados da população, para conversar com as pessoas que pudessem estar interessadas no movimento a-eleitoral e anti-capitalista, mas que não dispõem de recursos para assistir às assembléias ou para acessar a internet. Os comandantes e os aderentes trabalhariam nestas comunidades para criar um plano nacional de luta desde a perspectiva de cada comunidade. Por exemplo: "o plano nacional de luta para os trabalhadores camponeses indígenas do Vale de San Quintín será diferente do plano nacional de luta para as trabalhadoras maquiadoras em Tijuana", ainda que eles estejam no mesmo estado de Baixa Califórnia.
Ao expor os deveres dos comandantes como delegados da Outra Campanha e os dos aderentes, Marcos especificou como a Outra Campanha espera levar a cabo "uma nova forma de fazer política". Além disso, ao utilizar a estrutura militar do EZLN para viabilizar a organização das comunidades a todo o largo do território nacional, os zapatistas estão provocando a definição de um "Exército de Liberação Nacional".
Este processo também será de longo prazo, para que possam ir e vir muitas campanhas eleitorais diferentes. Ilustrando este ponto, Marcos também ofereceu algumas chaves sobre como se internacionalizaria a Outra Campanha. "Se houvéssemos dito há dez anos que viajaríamos por todas as partes, até os menores cantos do México, as pessoas teriam dito: 'Vocês estão loucos!' Talvez eu sonhe como louco agora, mas digo aqui que viajaremos por todas partes dos Estados Unidos e Canadá para falar com os companheiros mexicano de lá".
Fica em aberto ver se um movimento na América do Norte estará pronto dentro de um ano ou daqui a dez anos a partir de agora, para receber aos zapatistas ou para mudar o continente, desde abaixo e à esquerda.