<i>"The Name of Our Country is América" - Simon Bolivar</i> The Narco News Bulletin<br><small>Reporting on the War on Drugs and Democracy from Latin America
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Narco News Issue #33
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“O único controle que pode ser exercido é pelo leitor”

Uma carta de Campinas, Brasil


Por Daniel Fleming
2004 Bolsista de Jornalismo Autêntico de Narco News

13 de septembro 2004

CAMPINAS, BRASIL, SETEMBRO 2004: Foram 10 dias de extremo intercâmbio cultural. As 61 pessoas reunidas em Cochabamba, na Bolívia, para a Escola de Jornalismo Autêntico, formaram uma rede de troca de experiências inestimável. A escola itinerária organizada pelo portal narconews.com, colocou em contato 36 bolsistas e 25 professores, entre os dias 30 de julho e 8 de agosto. Todos jornalistas querendo aprender ou ensinar a fazer um jornalismo autêntico. Reportagens em contraposição às veiculadas pelos meios comerciais que não fogem da censura empresarial, graças à dependência de publicidade. Além dos interesses políticos e econômicos que envolvem as grandes “fábricas de notícias”.


Daniel Fleming
“A informação deve ser um direito e não um produto à venda”, como disse o diretor do escritório Latino Americano da página na internet, Alex Contreras. O dinheiro que sustenta essas empresas não pode comprar a ideologia de jornalistas autênticos ou desmanchar seu código de ética.A resistência do povo Boliviano é algo necessário aos jornalistas. A luta pela posse de seus recursos é característica desde a repressiva colonização espanhola. Repressão semelhante é usada intensivamente contra campesinos plantadores de coca. Classificados como narcoterroristas pelo Plano Dignidade, implantado pelos Estados Unidos.

A lei 1008 que estipula a legislação a respeito da plantação de coca e a proposta de erradicação total ferem gravemente a carga cultural de descendentes indígenas que ainda bradam com orgulho a língua nativa. O quéchua é mostrado com brio por Cochabambinos que ainda mantêm acesa a tradição de seus antecedentes.

Cultura preservada

Um dia antes da Escola de Jornalismo Autêntico ser iniciada, visitamos a casa de alguns campesinos, no bairro Cercado. A jornalista autêntica Amber Howard conheceu três irmãs na Federação dos Trabalhadores, no centro de Cochabamba, que fica em um prédio, ao lado da praça central. No outro dia, Nicolau dos Santos, Carla Aguilar, Amber Howard, Elizabeth Flores, Benjamim Melançon e eu visitamos a casa de Francisco Ramirez Sotelo, um descendente de índios.

A casa, onde mora com suas 5 filhas e esposa, fica atrás de sua oficina mecânica. Lá ele cria porcos, galinhas, um bode de extimação e outros animais. Em um pequeno açude cria peixes e dois filhotes de jacaré. A plantação de hortaliças domina quase todo o terreno.

A família persiste com as tradições campesinas. A casa-fazenda é cercada por arame farpado, em meio a outras casas completamente fechadas por muros. Sotelo grafitou quase todos os muros que os separavam da casa ao lado com mensagens revolucionárias, em um deles era ostentado o nome do índio insurgente Tupaj Katari.

Suas filhas estudam. Duas são Universitárias, Sigrit e Santina, cursam direito na Universidade Maior de San Simon. Porém, não pretendem perder os costumes indígenas, pretendem continuar vivendo com a resistência transmitida pelo pai.

A luta diária dessas pessoas, que resistem duramente às imposições externas com interesses econômicos, deve ser relatada por um ângulo diferente aos usados pelos meios comerciais.

O problema e a alternativa

No Brasil as grandes empresas jornalísticas têm um déficit gigantesco de informações a respeito dos acontecimentos em seus países vizinhos, principalmente um tão pobre quanto à Bolívia. A maioria das publicações brasileiras apenas repete o discurso de agências internacionais, sediadas em países com interesses nos fartos recursos naturais das regiões Andina e Amazônica. O petróleo, o gás e a água em demasia são excelentes motivos para que a mídia mostre o que realmente está acontecendo nos países da América Latina. A colonização não terminou! Apenas mudou de mão e de forma. Mas o povo luta para se livrar dela!

Se em meios comerciais notícias que mostrem a luta contra a opressão não seriam publicadas, meios alternativos podem jogar luzes em fatos que não trespassam a peneira do mercado. Sem o compromisso com um patrocinador, a liberdade de divulgação é plena. O único controle que pode ser exercido é pelo leitor, através de contribuições e o retorno dado através de e-mails ou correspondência.

Faça sua doação para que o Narco News continue este trabalho, através do link:

http://www.authenticjournalism.org/

Ou enviando hoje um cheque para:

The Fund for Authentic Journalism
P.O. Box 71051
Madison Heights, MI 48071

Muito obrigado,

Daniel Fleming
Aluno da Escola de Jornalismo Autêntico de 2004.
Campinas, Brasil

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